Medicina Transformacional & Terapia Floral

Uma entrevista no rádio com o Dr. Rudolph Ballentine

O Dr. Rudolph Ballentine foi entrevistado pelo “Janelas do Bem Estar”, um show de rádio sobre técnicas de cura complementares para o corpo e a mente. O programa é apresentado por Linda Woods.

LINDA WOODS

Muitos de nós, quando em face de uma crise emocional ou física, não sabem realmente para onde voltar-se. Precisamos de um guia ou mapa para nos levar na direção certa. Nosso convidado hoje é o Dr. Rudolph Ballentine, um médico formado na Duke University, e que criou e dirige o Centro de Medicina Holística de Nova York.

Esboçado em 30 anos de estudos médicos e prática, o Dr. Ballentine escreveu um livro chamado Radical Healing que integra a sabedoria dos grandes sistemas tradicionais de cura como Ayurveda, homeopatia, medicina tradicional Chinesa, herbologia européia e nativo-americana, nutrição, psicoterapia e trabalho corporal. Seu livro tem sido proclamado como peça-mestra que ajuda-nos a entender e apreciar o poder da tradição de cura clássica. Neste livro ele discute medicina transformacional, um sistema que encoraja-nos a abordar a crise de saúde com curiosidade em vez de medo, e com otimismo em vez de desapontamento.

Doença e saúde tornaram-se o meio principal que temos para aprender da vida. Deste ponto de vista a doença é vivenciada como uma oportunidade de crescimento e transformação, enquanto a recuperação é só um retorno para o obsoleto status-quo. Como médico, psiquiatra, herbalista, terapeuta ayurvédico, homeopata e professor, o Dr. Ballentine determina um modelo para os cuidados de saúde dos terapeutas do futuro. E seu livro nos ajuda a entender que caminho tomar quando em face de uma crise de saúde. Dr. Ballentine, bem vindo ao nosso programa hoje.


DR. BALLENTINE
          Obrigado.

LINDA WOODS
       O que significa “medicina transformacional”?

DR. BALLENTINE
          É a medicina usada como apoio e encorajamento para que o paciente seja capaz de ir através de seu próprio processo pessoal de transformação. Em outras palavras, é baseada no entendimento de que a doença é como um bloqueio ao longo da estrada. Não é algo que vem de repente sem nenhuma razão. Não é algo como “Oh, eu sou tão azarado em me expor a um micróbio e depois ficar com essa doença que interfere com minha vida e não tem relevância para ela”. De fato, quando pegamos uma doença, ela é relevante para nossa vida. Se ela está em nossa vida bem agora, então é realmente uma entrada para o próximo degrau em nosso futuro, e abre todo o potencial que guarda para nós. Doença não é algo a ser evitado ou suprimido, ou negado. É algo a ser abraçado e lidado, porque ela nos leva onde realmente precisamos ir.

LINDA WOODS
          O que você pensa ser a principal causa das doenças? É nossa dieta, nossos pensamentos, nossas emoções, não fazer o que precisamos fazer com nossa vida? Eu leio muito sobre doença e todas as coisas diferentes que podem causá-la. O que você acha que é a causa principal?

DR. BALLENTINE
          Bem, muitas dessas coisas contribuem, mas elas são todas relacionadas. Se eu digo que a dieta causa um distúrbio particular, a questão que tem que ser feita é porque a pessoa escolheu comer essas coisas. Nós temos opções até para o que comemos. Então o que nós escolhemos comer é também um reflexo do que está acontecendo conosco mentalmente, emocionalmente, psicologicamente e até espiritualmente. Isso é expresso através de nossos hábitos alimentares, e então quando vemos hábitos alimentares ou padrões de dieta, isso nos leva indiretamente à doença. Abaixo disso sempre há algo a ser feito com a jornada da alma.

LINDA WOODS
          Eu li em seu material que você terminou sua residência no Hospital de Caridade em New Orleans, e trabalhou com crianças no French Quarter, e que essa experiência lhe ensinou muito sobre medicina holística. O que você aprendeu lá?

DR. BALLENTINE
          Primeiro de tudo eu aprendi sobre dietas vegetarianas, as quais não eram consideradas viáveis naqueles dias. Quando eu vivia em New Orleans, um dos meus melhores amigos graduou-se em nutrição e disse: “Olhe, se você insistir nesta coisa de não comer carne, irá morrer”. E eu pensei, “Uau, isto é sério. Eu me sinto bem quando não como carne, mas não quero me matar”. Nós começamos a fazer alguma pesquisa e finalmente olhamos o assunto com mais profundidade. Uma das muitas descobertas que fiz é que o que as pessoas assumem ser verdade, muitas vezes não é. Algumas vezes é justamente o oposto. Somos dominados por esses sistemas de crenças, muitos dos quais são irracionais, e eles certamente contribuem para doenças epidêmicas que temos. Gostamos de atribuir aos micróbios, vírus e bactérias ou algo assim, porque então temos algo para caçar e matar, e pensamos que estamos ficando a salvo. De fato, há coisas dentro de nós que precisam ser reorganizadas de modo a nos ajudarmos.

LINDA WOODS
          Eu também li que você aprendeu yoga. Tem sido uma das principais influências na sua vida?

DR. BALLENTINE
          Absolutamente. Eu estudei na Índia e estudo aqui. Fui presidente do Healing Institute, que é um instituto de yoga.

LINDA WOODS
          Você recomenda usar plantas ou medicina natural, em vez de drogas. Diz que quando era criança costumava conversar com as árvores e sapos no Sul rural. Por que você tem esse interesse e crença nas plantas como agentes de cura?

DR. BALLENTINE
          Eu acho que tinha algum tipo de ressonância natural com a natureza. Faz sentido que a natureza tenha alguma integridade e o que nós precisamos é encontrá-la. Acho que o que realmente me convenceu foi usar essas ferramentas de cura em minha prática e através do estudo da literatura. Há uma tremenda quantidade de pesquisa que valida o uso de medicamentos naturais. Uma tremenda quantidade de pesquisa. Eu tenho um aluno que me ligou hoje de uma de minhas turmas do colegial. Ele queria me entrevistar. Disse que o professor queria saber se há pesquisa no uso de medicamentos naturais. E eu pensei, o que as pessoas acham? Elas pensam que os médicos como eu estão completamente doidos? Que todos nós estamos fazendo algo para o qual não há evidências? A verdade é que há mais evidências das abordagens “alternativas” do que das coisas que costumeiramente estão sendo feitas nos hospitais. Muito do que a medicina regular está fazendo não tem pesquisa. Uma gigantesca quantidade disso.

          Um de meus companheiros de quarto na faculdade de medicina, junto com um dos mais respeitados professores da Duke Medical School, queria fazer um projeto para investigar todos os procedimentos mais costumeiros e abordagens e terapias usadas na medicina convencional, que nunca tinham sido pesquisados, para ver se realmente funcionavam. Todo mundo concordou que isso é algo que precisa ser feito. Mas ninguém queria patrocinar este projeto. Ele não conseguiu angariar dinheiro para isso e finalmente teve que desistir do projeto.

          Então, a coisa mais divertida e irônica é que muito do que está sendo feito nos hospitais e medicina convencional é totalmente não comprovado, apesar dos “terapeutas alternativos” terem que provar o que fazem. De fato, a medicina holística está numa bela e firme base agora e ficando muito mais sólida com o tempo, enquanto que a medicina convencional está sobre gelo fino em muitos lugares.

LINDA WOODS
          Eu gostaria de falar com você sobre algo que me intriga, que são as essências florais e a homeopatia. Elas são ambas baseadas no princípio da medicina vibracional, e em seu livro você diz que elas transportam padrões informacionais complexos diretamente da natureza, que podem ser usados pelo sistema humano para reprogramar o corpo e a mente. Isso é fascinante.

DR. BALLENTINE
          Nós podemos realmente ignorar o fato de que a matéria viva está preenchida com informação. É um inacreditável meio armazenador de informação. De fato, eu soube que as pesquisas na área de computadores, do pessoal que está olhando para o futuro em Silicon Valley, estão pensando realmente em abandonar o silicone como meio armazenador dos microprocessadores de computador, e estão pensando em usar protoplasma vivo - culturas de bactérias e coisas assim, porque podem conter uma quantidade incrível de informação.

          Você vê, toda a matéria viva é uma livraria infinita de informação sobre a vida e como viver neste planeta. E nós raramente abraçamos a possibilidade de como obter essa informação. As medicinas naturais têm feito isso por longo tempo, mas não se referem nesses termos. Agora estamos começando a entender quão sofisticadas essas técnicas antigas são. Elas não são apenas superstição. Elas são realmente muito elegantes e muito avançadas.

LINDA WOODS
          Estou
tão impressionada com seu livro, Radical Healing. Ele tem quase tudo que você possa querer saber sobre saúde. E não só isso, mas como integrá-la na sua vida. Nós estávamos falando sobre essências florais e sobre uma que o despertou a respeito de seu filho - você pode nos contar? Eu queria ouvir a respeito de seu filho e sua experiência com Goldenrod, que acho ser muito interessante.

DR. BALLENTINE
          Sim, foi interessante porque mostrou que há coisas acontecendo e que nós realmente não incluímos em nosso senso normal de realidade. Eu tenho três filhos, e este é o meu filho do meio. O mais velho é um tipo de príncipe coroado e o mais novo é o neném, e o do meio muitas vezes fica ignorado. Ele respondia a isso sendo uma dessas pessoas que “fazem papel de bobo”. Galen fazia coisas que resultavam em seus irmãos e irmã chamarem-no de idiota ou tolo - me deixe sozinho e toda a sorte de coisas. Esse era o jeito dele chamar atenção. Era horrível, porque eu realmente não gostava dessa dinâmica. Eu achava que isso o estava destruindo, e os garotos ficavam envergonhados quando ele fazia isso. Mas essa dinâmica parecia só continuar.

          No meio de minha luta com esta situação, Galen veio até mim um dia com um raminho de Goldenrod e disse: “Você pode me fazer um remédio disto aqui?” E eu disse: “Bem, sim, isso é um tipo de planta e na homeopatia é usada para problemas urinários”. Ele não pareceu muito interessado depois de minha explicação e foi embora.

          Poucos dias depois ele voltou e me perguntou a mesma coisa: “Você pode fazer um remédio disto?” Eu disse: “Nós já falamos sobre ele”. Mas ele não quis me ouvir. Então eu fui folhear o Repertório de Essências Florais, que era novo para mim, porque eu usava os Florais Ingleses mas ainda não tinha usado os da Califórnia. Quando eu estava olhando, parei no Goldenrod. Li as indicações do Goldenrod, para aqueles que criam barreiras aos contatos sociais através de comportamento repulsivo. Aqueles que têm necessidade de atenção negativa.

LINDA WOODS
          Como seu filho sabia?

DR. BALLENTINE
          Sim, não é espantoso? De algum nível intuitivo ele conhecia Goldenrod e sabia que era o que ele precisava. Quando nós somos questionados, a parte de evidências de pesquisa, porque acreditamos que os remédios naturais funcionam, há todas essas linhas de evidências. Temos uma ressonância intuitiva, inerente, natural, com as coisas que precisamos. Então Galen deu um jeito de encontrar Goldenrod, e ele sabia intuitivamente que isso era algo importante. Crianças não podem articular isso. Mas elas têm esse sentido.

LINDA WOODS
          Isso o ajudou?

DR. BALLENTINE
          Isso fêz uma enorme diferença. Ele começou a tomar o floral (quatro vezes ao dia), e eu observava toda a dinâmica entre os garotos lentamente desaparecer. Galen não tomava Goldenrod em todas as vezes, então os garotos voltavam à dinâmica. Mas a intensidade dela foi se dissolvendo e isso foi muito gratificante. Eu fiquei tão espantado, e isso confirmou meu sentido crescente de quão valiosas podem ser as essências florais. Agora eu as uso muito.

LINDA WOODS
          Eu tomo Walnut para uma transição de vida. Nesta manhã abri seu livro e fiz uma daquelas coisas onde apenas abro uma página qualquer e leio o que está lá, e falava sobre desenvolver sua estrutura muscular interna com yoga, e como você pode se exercitar e mover seu corpo num reflexo do modo que vive sua vida. Acho que isso é verdade para mim. Certas partes de mim são tão contraídas e certos exercícios que escolhi deixaram partes de mim permanecendo imóveis. Seu livro é repleto de coisas como essa. Minha maior questão é como decidir que terapias usar? Se você tem um problema específico, com tantas escolhas.

DR. BALLENTINE
          Certo. Isso é como o achado de Galen com Goldenrod. Você irá intuitivamente gravitar diretamente para o que necessita. Esse é o porque de eu ter escrito o livro, para as pessoas poderem ler e ter um sentido, uma visão, de todas essas ferramentas diferentes disponíveis. Conforme você lê e forma uma imagem mental das coisas disponíveis, se sentirá gravitando direto de uma a outra. Isso irá ressoar em você. Como você fez - o livro ficou aberto naquela página e você disse ‘sim’. Então você trabalha com aquela terapia por algum tempo e daí uma outra irá emergir. Há todas essas ferramentas maravilhosas para escolher e cada uma pode lhe dar essa experiência de descoberta e excitamento. Isso torna a vida muito viva.

LINDA WOODS
          Você descobriu essa direção através da meditação? Você disse que yoga é um tipo de preparação para a meditação.

DR. BALLENTINE
          Sim, e quanto mais você aprende a mover sua atenção para dentro, mais agudo se torna seu senso de guia interior. Quanto mais você desenvolve essa percepção interna, mais você se sente como “isto está certo para mim”. Os sinais vêm de dentro, e você tem que aprender a estar consciente do que está lá, e yoga pode realmente ajudar a fazer isso.

LINDA WOODS
         E quanto a sair na natureza? Isso pode ajudar a  ficar mais afinado com o que você necessita? Você não é o único que se comunica com as árvores?

DR. BALLENTINE
          Não, mas todos podemos se nos dermos uma chance, porque a Natureza é a livraria fundamental. É onde você entra em contato com toda a informação que pode realmente lhe moldar. Mas você tem que desenvolver uma percepção interna para ser capaz de abrir-se a ela.

LINDA WOODS
          Estou
muito intrigada com seu livro. O que você recomenda para dar mais poder pessoal? Ler seu livro, é claro, mas o que mais?

DR. BALLENTINE
          Penso que yoga é uma base excelente. Este livro foi escrito particularmente para pessoas que estão no caminho do yoga, que estão realmente tentando desenvolver auto-percepção e encontrar seu próprio caminho. Acho que há vezes quando você pode usar terapeutas - acupunturistas ou quiropráticos, o que for. Mas é você na realidade quem tem o mapa de seu caminho e você tem que ser aquele que pede ajuda quando precisa dela. Então pode se mover para o próximo degrau. Desenvolvendo esta percepção interna e educando-se com leituras como o Radical Healing, você pode se colocar no caminho que irá mudar totalmente sua vida.

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