De Hahnemann a Bach

Por Dra. Amélia V. M. Verdum,
Médica homeopata com especialização em florais;
Samuel Hahnemann - Médico Alemão -1755 a 1843;
Edward Bach - Médico Inglês - 1886 a 1936;

Sobre a homeopatia

Hahnemann criou e desenvolveu a homeopatia, que nos legou inteira, muito bem definida em sua doutrina e sua técnica preciosa. Reunindo, de forma clara, todo conjunto de conhecimentos necessários a um homeopata, ele nos deixou escritos, além da Matéria Médica Pura, das Doenças Crônicas e escritos menores, o seu admirável Organon da Arte de Curar.
A homeopatia é terapêutica extremamente potente, baseada na lei dos semelhantes, nas doses mínimas e experimentação no homem são. Traz em sua bagagem teórica o revolucionário conceito da força, vital e "dinâmica", segundo Hahnemann, cujo desequilíbrio leva aos sintomas das doenças e que só poderá ser reequilibrada verdadeiramente por remédios que possuam a mesma qualidade dinâmica, ou seja, medicamentos igualmente sutis e energéticos.
A força vital (ou energia vital) é o princípio que mantém nosso organismo em condições de saúde e equilíbrio e o remédio homeopático é preparado de forma a liberar, na água, um padrão de energia semelhante à doença, que, ao entrar em contato com o doente, provoca nele a reação da força vital, que volta ao seu equilíbrio, o que levará ao desaparecimento dos sintomas.
A homeopatia é uma especialidade médica e deve ser praticada por médicos, pois pode produzir agravação de sintomas e eliminações, que requerem uma adequada avaliação do quadro clínico do doente.

Os remédios florais do Dr. Bach

Edward Bach, ao se formar em medicina, especializou-se em bacteriologia, imunologia e cirurgia. Assim como Hahnemann, era um observador cuidadoso do ser humano. Desde a época de sua formação, notou que o temperamento do paciente e seu interesse pela vida, tinham muita influência sobre a evolução de sua doença.
Quando conheceu a homeopatia, reconheceu nela muito do que já acreditava e tornou-se um homeopata. Chegou a preparar 7 medicamentos homeopáticos, a partir de bactérias intestinais, os nosódios intestinais de Bach, muito úteis no tratamento das doenças crônicas.
No entanto, no período em que exerceu a homeopatia, prosseguiu em sua pesquisa pessoal e, aos poucos, foi percebendo que buscava algo além do que havia sido alcançado por Hahnemann.
Assim como Hahnemann, que deixou sua clientela para dedicar-se a traduções, Bach abandonou o consultório em Londres, para retornar aos campos de sua terra natal, o País de Gales, onde desenvolveu o seu sistema de remédios florais.
Os florais são preparados por métodos (luz do sol ou calor do fogo) que permitem trazer, para a água pura da fonte, os padrões energéticos característicos de cada flor. Esses padrões de energia, ao entrar em contato com os campos sutis do paciente, removem os bloqueios que impedem o pleno desenvolvimento de seus potenciais, possibilitando assim as transformações necessárias à cura.

Homeopatia X Florais

Segundo as palavras do Próprio Dr. Bach:
"... Hahnemann trouxe, para a humanidade, a luz em meio à escuridão do materialismo, que fazia o homem considerar a doença como um distúrbio puramente material, a ser aliviado e curado unicamente por meios materiais."
Os medicamentos homeopáticos, diluídos e dinamizados, que, energeticamente, "imitam" a doença, fazem com que a força vital do doente "reaja", também energeticamente, retornando ao estado de equilíbrio.
Isso era, para Hahnemann, o "semelhante curando o semelhante."
O que o Dr. Bach fez foi reavaliar esses conceitos de doença e cura.
O que leva a energia vital a se desequilibrar?
Por que ficamos doentes?
Ao buscar as respostas a essas perguntas, ele questionou o sentido da própria vida e concluiu:
Existimos por uma razão muito precisa. Cada um de nós vive, na verdade, para realizar uma necessidade profunda de sua alma. Esse é o propósito da vida.
No entanto, desenvolvemos uma personalidade que fica cega, ao se envolver com as "coisas do mundo", e acaba se distanciando de seu verdadeiro caminho. Isso faz com que entremos em conflito com os desígnios de nossa alma. Acabamos por agir contra nós mesmos, contra a natureza, contra os nossos semelhantes e contra a Unidade, à qual todos pertencemos.
Na maior parte das vezes, só existe um recurso, da nossa natureza superior, para nos mostrar o equívoco que estamos cometendo. É o aparecimento das doenças físicas, mentais e emocionais. Através das suas dores e incômodos, podemos "acordar" e perceber que precisamos mudar nossas atitudes frente à vida.
"A doença em si é semelhante curando semelhante, ou melhor, semelhante repelindo semelhante", dizia o Dr. Bach.
Bach não negou a grandiosidade do gênio de Hahnemann. Ele reconheceu que o mestre alemão deu um grande passo, que deveria ser seguido, em busca da cura.
O passo seguinte, dado por Bach, foi que a verdadeira cura será obtida, não pelo errado repelindo o errado, mas pelo certo substituindo o errado. Pela luz iluminando a escuridão.
Os padrões energéticos sutis das flores, conservados em suas essências florais, reproduzem as qualidades arquetípicas da alma humana.
Quando usamos essas essências, o seu padrão vibratório específico cria uma ressonância em nossos corpos sutis, despertando nossas qualidades adormecidas, que transformarão nossas crenças errôneas, permitindo mudanças de atitude, que corrigirão nossos desequilíbrios e a doença não será mais necessária.
A energia vital se reequilibrará, não pelo estímulo dinâmico do medicamento que imita a doença, mas por não precisar mais repelir nossas crenças equivocadas e nossos desequilíbrios de conduta.
A verdadeira cura só acontece como resultado de uma profunda mudança de atitude frente à vida.
As últimas palavras escritas por Hahnemann foram:
"Os dois mais estimáveis tesouros do homem são uma consciência tranqüila e uma boa saúde. O primeiro me é dado pela fé em Deus e a investigação de mim mesmo. O segundo é dado pela homeopatia".
O Dr. Bach nos ofertou mais um grande tesouro, um método de cura que nos auxilia em nossa auto-investigação e transformação. O resultado é a paz de espírito, a realização de nosso propósito de vida e, conseguentemente, a saúde.

Fonte: Abreflor
www.abreflor.com.br/artigos1.htm

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