Açucar Branco Até
cerca de 300 anos atrás a humanidade não usava aditivos doces na sua
dieta ordinária. Os povos antigos, civilizações passadas, brilhantes
exércitos não conheciam o famoso aditivo doce. O
açúcar branco é o resultado de um processamento químico que retira
da garapa a sacarose branca e adiciona produtos químicos – desconhecidos
em sua maioria –, sendo que aditivos como clarificantes, antiumectantes,
precipitadores e conservantes pertencem a grupos químicos sintéticos
muitas vezes cancerígenos e sempre danosos à saúde. Devemos considera-lo
como um produto quimicamente ativo, pois, sendo o resultado de uma
síntese química e um produto concentrado. Quando são retiradas da
garapa e do mascavo suas fibras, proteínas, sais minerais, vitaminas
etc., resta apenas o carboidrato, pobre, isolado, razão pela qual
devemos considerar o açúcar como um produto químico e não um alimento.
O corpo humano não necessita de açúcar branco. O
que é realmente necessário é a glicose, ou seja, a menor partícula
glicídica dos carboidratos. A glicose, por sua vez, é importante para
o metabolismo, pois produz energia ao ser “queimada”. Embora se diga
que “açúcar é energia”, sabemos bem que a citação é apenas modesta,
pois, na verdade, deveríamos dizer que “açúcar é superabundância de
energia química concentrada” e eis aí o problema: açúcar é sempre
excesso de energia, além das necessidades reais, e este excesso tende
a depositar-se, a exigir trabalho orgânico extra, a diminuir o tempo
de vida, pois a célula só usa o que necessita, todo o resto passa
a “estorvo” metabólico. O
consumo da droga doce vem aumentando nos últimos anos. Se levarmos
em conta que não necessitamos de açúcar, tudo o que se consome é excessivo,
supérfluo, além do que o corpo precisa. Lembramos que 100 por cento
dos carboidratos (farinhas, cereais, açúcar das frutas, etc.) transformam-se
em glicose, 60 por cento das carnes ingeridas e até mesmo 15 por cento
das gorduras e óleos também se convertem em glicose; é assim que normalmente
mantemos as necessidades bioquímicas do corpo. Isso explica por que
povos antigos não necessitavam de açúcar extra. Se julgarmos que açúcar
é essencial, então devemos ter como certo que cada viking, mongol,
huno, árabe, grego ou romano deveria consumir cerca de 300gr por dia
de um açúcar que naquelas épocas absolutamente não existia. Os
conhecimentos e conceitos científicos, principalmente em nutrição,
têm sido manipulados, truncados e adulterados. Devemos entender que
a alimentação comum, sem aditivos doces, contém quantidades suficientes
de glicose que são armazenadas no fígado sob a forma de glicogênio;
em situações de necessidade essas reservas de energia são mobilizadas
e entram na circulação sanguínea. Hoje,
ingerimos mais “energia” do que precisamos. Paradoxalmente, quem come
muito açúcar fica dependente organicamente do mesmo e tende a ter
menos força. Grandes consumidores de açúcar geralmente são fracos,
astênicos, que não podem fazer quase nada sem usar um pouco de doce.
Aqui,
num dos maiores produtores de açúcar do mundo, (Brasil) consomem-se
cerca de Mas
um povo como o nosso, usando Açúcar Branco Como Causa de Câncer e Doenças Modernas Sabemos
bem que o açúcar é o principal representante da alimentação industrializada
moderna. Temos consciência de que 85 por cento das doenças modernas
são provocadas pela poluição alimentar e por uma nutrição desequilibrada.
Por ser considerado então como um produto antibiológico, ou antivida”,
ele está diretamente ligado à causa ou à colaboração para o surgimento
de várias doenças, como a arteriosclerose, o câncer, a leucemias,
o diabetes, as varizes, as enxaquecas, as distonias neuro-vegetativas,
insônia, asma, bronquite, distúrbios menstruais, infecções, pressão
alta, prisão de ventre, diarréias crônicas, perturbações e doenças
visuais, problemas de pele, distúrbios glandulares, anomalias digestivas
variadas, cáries dentárias, problemas de crescimento, osteoporose,
ossos fracos, doenças do colágeno, doenças de auto-agressão etc. Podemos
considerar também o açúcar como cancerizante, pois é imunodepressor,
quer dizer, faz diminuir a capacidade do organismo quanto às suas
defesas e principalmente por eliminar o importante íon magnésio, devido
à forma excessiva como é consumido hoje. A
incidência do câncer de mama pode variar consideravelmente de um país
para outro. Muito rara no Japão, por exemplo, a doença torna-se comum
entre as japonesas que imigram para os Estados Unidos. Depois de estudar
diversos fatores que explicassem o fenômeno, os cientistas Stephen
Seely, da Universidade de Manchester, na Inglaterra, e D. F. Horrobin,
do Instituto e Pesquisa Efamol, de Kentville, no Canadá, concentram
suas atenções num deles, a alimentação – e, em artigo publicado
na última edição da revista inglesa New Scientist, levantaram a hipótese
de que uma das causas do câncer de mama possa ser o açúcar. Seely
e Horrobin compararam os índices de consumo per capita de açúcar e
as taxas de mortalidade por câncer de mama em vinte dos países
mais ricos do mundo. Revelou-se que as nações que mais comem açúcar
são exatamente as que apresentam mais óbitos – por ordem decrescente,
a Grã-Bretanha, a Holanda, a Irlanda, a Dinamarca e o Canadá. Os
cientistas avançam uma explicação para as propriedades cancerígenas
das sobremesas. Uma parte da glicose contida no açúcar – cerca de
30 por cento – vai direto para a corrente sanguínea. Açúcar Como Fator Principal da Hipoglicemia e Diabetes Um
dos efeitos mais diretos dos excessos de consumo do açúcar é a hipoglicemia,
ou seja, falta de açúcar no sangue. Hipoglicemia é um distúrbio que
se manifesta sob variadas formas, determinando mais comumente langor,
fraqueza, sensação de desmaio iminente, vertigens, tonturas, prostração,
angústia, depressão, palpitação cardíaca, sudorese, sensação de irrealidade
etc. A depressão provocada é variável, dependendo do indivíduo, podendo
ser ausente ou fraca ou até mesmo extremamente forte, incapacitante.
O
nosso organismo dispõe de um sistema de regulagem que mantém entre
70 e 110 mg de glicose em cada 100 ml de sangue. Mais insulina do
que o normal vai produzir uma queda destes níveis, determinando hipoglicemia.
O cérebro é o órgão mais diretamente afetado com isso, daí os mais
freqüentes sintomas de depressão, tremores, agitação. O tratamento
em caso de hipoglicemia é o primeiro uma boa avaliação e depois diminuição
lenta do consumo de açúcar, paralelo a uma dieta bem apropriada. Quase
é necessário acompanhamento médico abalizado. A
evolução natural da hipoglicemia, embora muito variável, é o diabetes.
Dependendo de uma série de fatores o pâncreas pode entrar em “cansaço”
após anos de produção excessiva de insulina; ele começa a produzir
menos do que o necessário e como resultado começam a aumentar no sangue
os níveis de açúcar, determinando uma hiperglicemia. Nesta situação
os sintomas já são completamente diferentes da hipoglicemia. Aqui
o paciente não sente nada, a não ser muita sede, muita vontade de
urinar e talvez muita fome. O açúcar circulante começa a ser depositado
e os problemas do diabetes vão surgindo. Parece-nos
importante que antes de pesquisar um vírus como causa do diabetes,
que se compreenda a importância do excesso de consumo de açúcar como
gênese mais direta da doença, talvez devido ao enfraquecimento
biológico-imunológico que permita a penetração de um vírus. A verdade
é que as estatísticas e os estudos de médicos integralistas apontam
que diabéticos comuns consumiram muito doce e que diabéticos insulino-dependentes
tiveram parentes que o faziam ou eram já diabéticos. Dados oficiais
já apontam hoje que perto de 30 por cento da população do 1° mundo
é pré-diabética e hoje cresce o número de diabéticos no mundo. O Açúcar Branco é Apontado Como Principal Causa da Diminuição da Resistência
às Infecções, Subnutrição e Morte no Terceiro Mundo Existe
muita preocupação na diminuição da mortalidade infantil no Terceiro
Mundo, onde impera a desnutrição, a diarréia, e as doenças carenciais.
Porém não se tem prestado atenção à presença do açúcar como fator
desmineralizante e desvitaminizante, usado em abundância na dieta
das crianças nos países subdesenvolvidos. Vários estudos têm mostrado
que a quantidade de proteínas na dieta desses povos é freqüentemente
próxima daquela apontada pela FAQ como básica para o desenvolvimento
e crescimento ( Califórnia,
cientistas da Escola de Odontologia da Universidade de Loma Linda
provaram que o poder bactericida dos leucócitos (capacidade das células
de defesa destruírem bactérias) diminui muito quanto mais alta a taxa
de açúcar no organismo. Existem
muitos livros hoje publicados que apontam a ação negativa do açúcar.
Num interessante trabalho dos Drs. Wilder e Kay, denominado “Handbook
of Nutrition” encontramos a seguinte citação: “O açúcar não supre
coisa alguma à nutrição, apenas calorias. As vitaminas oriundas de
ouros alimentos são erosadas pelo açúcar para poder liberar calorias”.
Apesar
das inúmeras provas contra o açúcar como as apresentadas aqui, verificamos
a continuidade de uma intensa propaganda aconselhando seu uso e, o
que é pior, médicos mal-informados permitindo e incentivando o consumo
do mesmo. Temos o exemplo do Dr. L. Rosenvold que, na pág. 22 do seu
livro “Nutrition for life”, afirma o seguinte: O açúcar branco é um
alimento quase ideal, barato, limpo, branco, portátil, imperecível,
inadulterável, livre de germes, altamente nutritivo, completamente
solúvel, totalmente digerível, não requer cozimento e não deixa resíduos.
Seu único defeito é a sua perfeição. É tão puro que o homem não pode
viver dele.” Hoje
existem toneladas de livros escritos sobre nutrição; qualquer um julga-se
capaz de publicar algo no gênero. O Que Usar? Não Precisamos de Açúcar? É
necessário reaprender a sentir o sabor natural dos alimentos, sem
acrescentar nada. Eventualmente poderemos usar mel ou açúcar natural
de cana, o mascavo, em pequenas quantidades. No
caso de diabéticos e hipoglicêmicos, aconselhamos o acompanhamento
médico para evitar problemas mais sérios, evitando inclusive orientadores
naturistas e macrobióticos que não tenham conhecimentos e experiência
em termos de bioquímica e fisiologia, fisiopatologia e clínica médica.
Para
pessoas que não têm grandes problemas mas querem parar de consumir
açúcar, sugerimos uma eliminação lenta, gradativa, porém consciente,
de doces, refrigerantes, sorvetes etc., até adotar uma dieta mais
natural e equilibrada. Aproveitamos para alertar que muitos alimentos
industrializados e manipulados possuem açúcar, muitos dos quais nem
imaginaríamos, como: pão branco comum, pão integral de supermercados,
macarrão em pacotes, enlatados, carnes condicionadas, biscoito e bolachas
salgadas etc. Para
aqueles que usam adoçantes artificiais, sacarina e ciclamatos, aconselhamos
abolir o hábito imediatamente, pois representam produtos muito perigosos.
Apesar da comprovação de que são substâncias cancerígenas, verbas
astronômicas são gastas por laboratórios interessados em pesquisa
do tipo: “Ainda não conseguimos provar que adoçantes sintéticos não
produzem câncer”. Em
termos de história, relativamente recente, o homem aprendeu a obter
açúcar bruto (mascavo e amarelo), e somente nas últimas décadas os
países desenvolvidos começaram a produzir enormes quantidades
(dez mil toneladas) de açúcar branco refinado, contendo 99,75 por
cento de sacarose, tornando-o um reagente químico. Lado a lado com
esta depuração houve um aumento no consumo de açúcar branco atingindo,
nos países altamente desenvolvidos, 100/140 g diárias por pessoa.
Tornou-se
tão letal, que o nutricionista britânico Dr. A. Yudtkrin batizou seu
livro sobre o problema de açúcar “Puro, Branco e Mortal” enquanto
o Dr. Hall, cientista canadense, intitulou seu capítulo sobre açúcar,
“O Vilão – Açúcar Refinado”. Fonte: Dr. Márcio Bontempo Livro "Relatório Orion" (L&PM Editores - Edição: 1985) |
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